sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Princípios básicos da decoração: o que não deve fazer

  • Não ignore a psicologia das cores. Cada cor tem o seu próprio significado, existindo tons mais indicados do que outros, para um espaço que se quer tranquilo, por exemplo. Antes de escolher a paleta de cores, decida que tipo de ambiente quer criar na divisão a decorar. Ponha as cores a trabalhar para si!
  • Evite pintar primeiro. Hoje em dia existem milhares de cores prontas para vestir toda e qualquer parede ou tecto e, se nenhuma delas lhe agradar, pode sempre misturar dois ou mais tons para obter uma cor mais exacta. Por isso mesmo, escolha primeiro os móveis, tapetes e tecidos – será muito mais fácil escolher a tinta que melhor combina.
  • Não escolha a tinta baseada exclusivamente em amostras. Um castanho-chocolate vai parecer uma coisa no livro de amostras, à luz fluorescente da loja de tintas… e numa parede inteira do escritório lá de casa? Quando escolher uma cor, é necessário fazer uma experiência prática, só assim poderá ter a certeza absoluta. Decidida a cor, compre uma pequena lata de tinta e pinte uma pequena secção da parede em questão ou, em alternativa, pinte algumas folhas de papel e afixe-as à mesma parede. Observe-a durante alguns dias, à luz natural e artificial, antes de emitir o aval final.
  • O teste das cores aplica-se a tudo. Ou seja, evite comprar têxteis, pavimentos, carpetes, azulejos e papel de parede logo na primeira visita à loja. Peça diversas e variadas amostras para poder levar para casa e contemplá-las no ambiente às quais estão destinadas.
    Não se contente com o medíocre se adora o magnífico. Um litro de tinta laranja custa o mesmo que um litro de tinta branca, por isso, se adora cor não tenha receio de a usar!
  • Tradicionalmente, as pessoas mantêm as paredes das suas casas todas brancas… porquê!? Existem milhares de cores para aproveitar, de forma a tornar a sua decoração única e um verdadeiro reflexo da sua personalidade. Se mesmo assim não quer arriscar com uma parede laranja-abóbora, saiba que pequenos apontamentos nesta cor, espalhados pela divisão e inteligentemente combinados entre si, podem produzir um efeito final espectacular.
  • Existe uma linha ténue entre o excelente e o exagero. Se a sua cor preferida é o roxo, é óbvio que terá de a enquadrar na sua casa de alguma maneira, mas não de todas! Pinte apenas uma parede da sala de estar desta cor, invista em alguns têxteis, aplique esses tons na casa de banho de serviço ou então reserve essa cor para o hall de entrada com um papel de parede magnífico. Não se esqueça que todas as cores têm vários tons – dos mais claros, aos mais escuros, escolha a intensidade que melhor combina consigo e com o espaço a decorar.
  • Não exija demais da sua paleta de cores. Comprou um sofá com riscas brancas e azuis escuras e adora-o… tanto até que está a pensar mandar fazer umas cortinas exactamente iguais! Não faça! É possível combinar em exagero e verdade seja dita: não fica bem em nenhuma decoração. A palavra que procura é coordenar e no caso deste sofá, talvez umas cortinas azuis escuras lisas ficariam bem, quebrando um pouco o branco do sofá; adicione mais alguns apontamentos brancos e azuis (em menor dimensão, uma vez que já tem um elemento muito forte – o sofá) e, se pensar que vai ficar com uma divisão demasiada monocromática, inclua outro tom – como o vermelho, aplicado em 2 ou 3 sítios – para equilibrar a paleta de cores.
  • Não ignore o ponto focal de cada divisão. Quase todos os espaços têm um elemento que salta à vista, que é impossível ignorar e, por isso mesmo, decora-se em torno do mesmo para tirar o melhor proveito de todo o espaço. Descubra o seu.
  • Não disperse mobiliário. A não ser que não tenha alternativa, procure não dispersar mobiliário por toda a divisão, optando antes por agrupar mobília, criando assim pequenos recantos, ideias para descansar ou conversar. Quanto mais no meio de uma divisão estiverem as peças de maior porte, mais intimista e confortável se torna o ambiente.
  • Evite investir em tendências. As modas vão e vêm e, no que toca a decoração, não é tão fácil trocar uma cama como um par de jeans. A decoração de uma divisão é sempre pensada a longo prazo e, por isso mesmo, é importante canalizar os investimentos para peças de excelente qualidade e que daqui a 5 ou 10 anos vai continuar a adorar! Em vez de perder a cabeça por um sofá coberto em pêlo, adquira uma manta nesse material para adornar o mesmo; ou então, em vez de pintar uma parede do escritório com um cenário de Paris, porque não imprimir uma tela gigante – menos dispendiosa e mais fácil de retirar se se cansar da mesma.
  • Não guarde tudo só por guardar. Custa a todos deitar fora aquela poltrona que herdou da avó ou então aquela mesa de café que o acompanha desde os tempos de universidade. Claro que se uma peça não pertence, nem tem utilidade numa divisão, não deve estar lá, no entanto, isso não quer dizer que não a possa incorporar noutro espaço. Por vezes basta estofar uma cadeira ou sofá, pintar uma mesa ou um vaso para ter, instantaneamente, um novo elemento decorativo para o escritório ou o quarto.
  • Não exponha todos os objectos decorativos de uma só vez. Evite sobrecarregar a casa com peças de decoração, mesmo que sejam espectaculares. Cada peça exibida deve ser importante, deve encaixar na perfeição com o ambiente em que se encontra, ou seja, não deve ficar perdida. Menos é mais, por isso, guarde o que está em excesso e vá renovando o visual de vez em quando, substituindo o que está em exibição por o que está guardado.
  • Não se esqueça dos detalhes. Mais do que pintar paredes e dispor mobiliário, a decoração centra-se sobre a atenção ao detalhe, sobre aquilo que mostra quem é como decorador e habitante de uma casa: as almofadas perfeitas para um sofá simples, cortinados aconchegantes para um quarto de grandes dimensões, candeeiros que iluminam toda a decoração, peças que trouxe de uma viagem, um quadro fantástico, flores frescas, velas…
  • Não deixe que alguém faça as escolhas por si. Caso de um vendedor numa loja de iluminação, de mobiliário ou mesmo um decorador de interiores contratado por si. Este deve ajudá-lo a encontrar e a criar o ambiente dos seus sonhos, não tomar todas as decisões. A última palavra tem de ser sempre sua.

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